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Livro o Evangelho Segundo espiritismo - Espírita Digital

Evangelho SeguNdo o EsPiritismo

1864

PersonAgEm

PosTs ReLacionAdos

Tomando os Evangelhos, poderemos classificar as matérias neles contidas em cinco partes: os atos comuns da vida do Cristo; os chamados milagres; as predições; as parábolas que foram tomadas para estabelecer os dogmas da Igreja e os ensinamentos morais.
As quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões.
A quinta parte, porém, que se refere aos ensinamentos morais, é inatacável e tais princípios estão acima de toda e qualquer controvérsia.
A própria incredulidade se curva, respeitosa, diante do código divino proposto pelo Senhor, visto que sob seus fundamentos todos os cultos existentes podem reunir-se. São princípios sob os quais todos podem colocar-se, sejam quais forem as suas crenças. Jamais foram motivos para lutas religiosas, as quais sempre nasceram das questões dogmáticas.
As crenças que, porventura, viessem a discutir e questionar sobre os princípios morais dos Evangelhos, encontrariam nessa atitude a sua própria condenação, uma vez que elas tendem a prender-se mais à parte mística, já que a parte moral exige a mudança de hábitos viciosos de cada um.
Para você, e para cada um de nós, os princípios morais dos Evangelhos são uma regra de conduta aplicável a todas as circunstâncias da vida comum e da vida pública. Elevam-se como base fundamental de todas as relações sociais e fundamento da mais rigorosa justiça.

Os princípios morais dos Evangelhos são, finalmente, o manual de vida que nos assegurará a felicidade futura; um levantar da ponta do véu sobre o amanhã.
Esta parte é a finalidade desta obra.
Todos admiram a moral evangélica e anunciam a sua sublimidade e a sua necessidade para a nossa vida de relações humanas. Quase todos, porém, assim o fazem tão somente por crença ou por terem ouvido falar ou, ainda, por aceitarem princípios que se tornaram conhecidos popularmente. Entre esses todos, todavia, muitos poucos são aqueles que conhecem essa moral com mais profundidade e que lhes deduzam as conseqüências para a vida diária.
Em grande parte, a ausência de conhecimentos maiores resulta da dificuldade que muitos encontram para a leitura do próprio Evangelho. Ficam embaraçados diante da forma alegórica, do misticismo intencional da linguagem e, não raro, a maioria irá lê-lo como um dever religioso, uma obrigação ritualística, assim como quem lê preces sem compreendê-las, e, com isso, não aproveitam os frutos dessa árvore generosa.
Os princípios morais, respingados ao longo da leitura, para muitos passam desapercebidos na massa das narrativas. Torna-se difícil, assim, ao leitor menos avisado, apanhá-los em seu conjunto e, com isso, sentem dificuldade em destacá-los para sobre eles meditar.
Algumas obras existem, sobre a moral evangélica, em que os seus autores pretendem dar-lhe um arranjo moderno. O modo de expô-la, porém, anula-lhe a primitiva simplicidade com que foi colocada por Jesus e, com isso, chega a esvaziá-la de seu encanto e autenticidade.
Outro tanto se faz com princípios que, reduzidos à sua mais simples expressão, perdem uma grande parte de sua significação e de seu valor, por serem apresentados sem os seus acessórios e sem as circunstâncias em que foram anunciados.
Para não recair nesses inconvenientes, reunimos nesta obra os temas que podem constituir um código de moral universal, sem distinção de cultos e de crenças. Nas citações que faremos, conservamos tudo o que seja útil ao desenvolvimento do pensamento cristão, excluindo apenas o que seja estranho ao assunto a ser exposto.
Sem mantermos uma ordem cronológica, impossível e sem interesse real para o estudo, agrupamos e classificamos metodicamente as máximas morais segundo a sua natureza, para que umas decorram das outras, numa seqüência natural.
Por conservamos a indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos dos Evangelhos, se você quiser poderá recompor sua classificação comum, se julgar oportuno.
Essa recomposição, porém, é de utilidade secundária.
O essencial é colocar o seu conhecimento ao alcance de todos, com explicações sobre passagens de mais difícil compreensão. Fazer, também, o desdobramento de todas as suas conseqüências, envolvendo a sua aplicação às diferentes circunstâncias da vida.
Isso o fizemos com o amparo dos bons Espíritos que nos assistem.
Muitos pontos do Evangelho, da Bíblia e de autores sacros em geral, são de difícil compreensão. Alguns até parecem sem muito sentido, tão somente pela falta de uma chave que lhes permita compreender o verdadeiro sentido. Essa chave que falta, temo-la no Espiritismo. Disso já se convenceram aqueles que se puseram a estudá-lo seriamente, e como, mais tarde, todos o reconhecerão.
O Espiritismo, aliás, se nos depara em todas as épocas de nossa Humanidade. Seus vestígios são transparentes em anotações, em monumentos, em inscrições. Através dele se descortinam os horizontes novos do futuro e, por ele, são projetadas luzes muito fortes sobre os mistérios do passado.
Em complemento a cada preceito cristão estudado, adicionamos algumas instruções escolhidas entre as diversas ditadas pelos Espíritos em vários países e recolhidas por diferentes médiuns. Se essas instruções se originassem de uma única fonte mediúnica, elas poderiam ter sofrido a influência da personalidade do médium ou do meio. As diversas origens, assim, provam que os Espíritos distribuem indistintamente os seus ensinamentos e que nenhuma pessoa goza de qualquer privilégio.

Esta obra é para uso de todos.

Através dela, você pode ajustar a sua conduta à moral do Cristo.
Aos Espíritas, porém, oferece aplicações de modo especial.
Graças às comunicações, estabelecidas de uma maneira permanente entre você e o mundo invisível aos olhos comuns, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos Espíritos, é a mesma. Não são letras mortas. Você a compreenderá e será incessantemente solicitado a praticá-la, pelos próprios conselhos de seus guias espirituais.
Os ensinamentos dos Espíritos são, verdadeiramente, as vozes do céu, que vêm esclarecê-lo e convidá-lo para a vivência do Evangelho.
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