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Livro o Evangelho Segundo espiritismo - Espírita Digital

Evangelho SeguNdo o EsPiritismo

1864

PersonAgEm

PosTs ReLacionAdos

A virtude, para eles, era mera aparência. Através dela exerciam grande influência sobre o povo, por passarem diante do vulgo como personalidades santificadas.
Assim é que se tornaram muito poderosos em Jerusalém.
Acreditavam, ou pelo menos fingiam acreditar, na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos (cap. IV, n.º 4).
Jesus, que valorizava, sobretudo, a simplicidade e as qualidades dos sentimentos, que preferia da Lei antes o espírito que vivifica do que a letra que mata, durante toda a sua missão se aplicou a desmascarar essa hipocrisia. Por conseqüência, tinha neles grandes inimigos, estando aqui, portanto, a razão principal pela qual os fariseus se uniram aos principais sacerdotes judeus para amotinar o povo contra Jesus, a fim de eliminá-lo.

Escribas
Este era o nome dado, em princípio, aos secretários dos reis de Judá, e, também, a certos intendentes das forças armadas judaicas. Mais tarde, porém, passou a ser a designação especialmente aplicada aos doutores que ensinavam a Lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Eles faziam causa comum com os fariseus, abraçando-lhes os princípios e a antipatia contra os inovadores. Eis o motivo pelo qual Jesus os envolvia na mesma reprovação.

Sinagoga
(do grego synagoguê, significando assembléia, congregação).
Não existia, em Jerusalém, nenhum outro templo, além do de Salomão onde eram celebradas as grandes cerimônias do culto. Os judeus, todos os anos, iam em peregrinação para as principais festas judaicas, tais como as da Páscoa, as da Dedicação e as dos Tabernáculos.
Por ocasião dessas festas, Jesus se dirigia também para Jerusalém.
As outras cidades na Judéia não possuíam templo, mas apenas sinagogas. As sinagogas eram pequenas construções onde os judeus se congregavam aos sábados, a fim de fazerem preces públicas sob a direção dos Anciãos, dos escribas ou dos doutores da Lei. Eles faziam leituras dos livros sagrados e sobre elas ofereciam explicações e comentários. Por isso é que Jesus, sem ser sacerdote, ensinava nas sinagogas nos dias de sábado.
Depois da ruína de Jerusalém e da dispersão dos judeus, as sinagogas, nas cidades por eles habitadas, servem de templo para a sua celebração de culto.

Saduceus
Seita judia, formada cerca do ano 248 antes de Cristo. Esse nome lhe veio de Sadoc, seu fundador. Os saduceus não acreditavam nem na imortalidade da alma, nem na ressurreição, nem em bons ou maus anjos. Acreditavam, no entanto, em Deus. Nada, contudo, esperando após a morte, eles serviam a Deus esperando recompensas imediatas. Nisso, segundo eles, se reduzia a Providência divina.
Por decorrência desse modo de pensar, tinham na satisfação dos sentidos físicos todo o seu objetivo central de vida. Quanto às Escrituras, prendiam-se ao texto da lei antiga, não admitindo elementos da tradição e, menos ainda, quaisquer interpretações. Consagravam as boas obras e a execução pura e simples da Lei acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se deduz, os materialistas. os deístas e os sensualistas da época.
Esta seita não era muito numerosa, mas contava com personalidades importantes. Tornou-se um partido político constantemente em oposição aos fariseus.

Essênios ou esseus
Seita judaica formada ali por 150 anos antes de Cristo, ao tempo dos macabeus. Seus membros, que habitavam uma espécie de mosteiro, formavam entre si uma associação moral e religiosa. Eles se distinguiam pelos seus costumes brandos e por virtudes austeras, ensinando o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade da alma, e acreditavam na ressurreição. Viviam em celibato, condenando a escravidão e a guerra, trazendo seus bens em comunidade, e trabalhavam na agricultura. Opondo-se aos saduceus, que negavam a imortalidade da alma, e aos fariseus rígidos apenas nas práticas exteriores e de qualidades apenas aparentes, jamais os essênios tomaram parte nas querelas que dividiam essas duas seitas.
O gênero de vida que levavam os fez assemelharem-se muito com os primeiros cristãos e, pelos princípios morais que professavam, levaram muitas pessoas a pensar que Jesus fizera parte dessa seita antes do início de sua missão pública.
Certamente Jesus teria conhecido essa seita, mas nada prova que a ela se filiara, sendo que tudo o que se escreveu a tal respeito é hipotético (1).

Terapeutas
(do grego thérapeutai, formado de thérapeuein, significando servir, curar, ou seja, servidores de Deus ou curadores).
Sectários judeus contemporâneos do Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Eles cultivavam grandes relações com os essênios, adotando-lhes os princípios. Adotavam, também, a prática de todas as virtudes. Alimentavam-se frugalmente, sendo também celibatários, voltados à contemplação e à vida solitária.
Formavam uma verdadeira ordem religiosa.
Fílon, filósofo judeu platônico, de Alexandria, foi o primeiro a falar dos terapeutas, considerando-os uma seita do judaísmo. Eusébio, Jerônimo e outros Padres da Igreja* pensavam que eles eram cristãos.
Fossem judeus ou cristãos, o que se evidência é que, do mesmo modo que os essênios, eles formam um traço de união entre o judaísmo e o cristianismo.
1. A morte de Jesus, supostamente escrita por um irmão essênio, é um livro completamente apócrifo, escrito tão-somente para servir de apoio a uma opinião, trazendo em si mesmo a prova de sua origem moderna.
(*) “Padres da Igreja” era a denominação dada aos autores de textos sagrados da Igreja primitiva, mais ou menos do século primeiro ao século sétimo. Tais escritos foram importantes no desenvolvimento do pensamento do início do cristianismo.



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