A VirTuDe

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LivRO

Livro o Evangelho Segundo espiritismo - Espírita Digital

Evangelho SeguNdo o EsPiritismo

1864

PersonAgEm

PosTs ReLacionAdos

8. A virtude, no seu mais alto grau, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que revelam o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são as qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, essas qualidades são acompanhadas de pequeninas enfermidades morais que lhes tiram o brilho e as enfraquecem.
Aquele que faz alarde de sua virtude, não é virtuoso. Faltalhe a qualidade principal: a modéstia. E sobra-lhe o vício mais contrário a todas as virtudes: o orgulho. A virtude, realmente digna desse nome, não gosta de fazer alaridos. Temos de adivinhá-la, pois ela se esconde dos olhos humanos e foge da admiração das multidões.
Vicente de Paulo era virtuoso.

O digno cura D’Ars era virtuoso.
Assim também eram virtuosos outros poucos conhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que eles mesmos fossem virtuosos. Eles se deixavam ir na corrente mental de suas santas inspirações e praticavam o bem com um completo desinteresse pessoal e com um inteiro esquecimento de si mesmos.
É para esta virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus filhos. É para esta virtude realmente cristã e verdadeiramente Espírita, que eu vos convido a consagrar-vos.
Mas, afastai de vossos corações a idéia do orgulho, da vaidade, do amor-próprio que sempre tiram a luz das mais belas qualidades. Não imiteis a esse homem que faz a pose de um modelo e anuncia ele mesmo as suas próprias qualidade a todos os ouvidos complacentes. A virtude assim alardeada quase sempre esconde uma infinidade de pequenas desonestidades e de dolorosas covardias.
O homem que se engrandece a si mesmo, que ergue uma estátua para a sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo o mérito que efetivamente poderia ter.
E que não direi eu, no entanto, sobre aquele cujo valor é parecer o que não é? Admito que o homem que faz o bem sinta, no fundo do coração, uma satisfação íntima. Mas, desde que essa satisfação se exteriorize para que ele receba elogios dos outros, ela degenera em amor-próprio.
Oh! Vós todos, a quem a fé Espírita aqueceu novamente para o bem, e que sabeis com certeza que o homem está longe da perfeição, jamais penetreis por esses caminhos tão perigosos da vaidade. A virtude é uma graça que eu desejo para todos os Espíritas sinceros, mas eu lhes direi: “Mais valem poucas virtudes com modéstia, do que muitas virtudes com orgulho”.
Foi pelo orgulho que os homens sucessivamente se perderam e é pela humildade que eles alcançarão a sua redenção um dia.
(François-Nicolas-Madaleine, Paris, 1863.)
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