O SUIcÍDIO e A LOuCUrA

AssuNtOS

LivRO

Livro o Evangelho Segundo espiritismo - Espírita Digital

Evangelho SeguNdo o EsPiritismo

1864

PersonAgEm

PosTs ReLacionAdos

14. A calma e a resignação, hauridas pela maneira espiritual de encarar a vida terrena, e a sua fé no futuro, lhe darão a seu espírito uma serenidade ampla. Essa serenidade é a melhor vacina contra a loucura e o suicídio.
É certo que a maioria dos casos de loucura são resultantes da perturbação produzida pelos sofrimentos da vida, que o homem não tem forças de suportar. Se, no entanto, esse homem passar a ver as coisas deste mundo pela maneira como o Espiritismo o fará vê-las, ele passará a receber com indiferença, até com certa alegria, as contrariedades e desilusões que o levariam ao desespero em outras circunstâncias.
É evidente que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, preservará a sua razão dos abalos que a poderiam perturbar.

15. O mesmo se dará com o suicídio. Excluindo os suicídios que se dão em estado de embriaguez ou de loucura, e que poderemos chamar de atos inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, eles terão sempre por causa um descontentamento.

Se você estiver certo de que será infeliz por um dia apenas e que melhores serão os dias futuros, você facilmente adquire paciência. Você somente se desesperará se não divisar um final para os seus sofrimentos.
Que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que o espaço de tempo de um dia?
Mas, se você não crê na eternidade, julgando que tudo se acabará com a própria vida, findando com ela o sofrimento e os infortúnios, você verá somente na morte o fim de seus pesares. Nada esperando do amanhã, você achará muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.
16. A incredulidade, a simples dúvida sobre a vida eterna, as idéias materialistas numa palavra, são os grandes estimuladores ao suicídio. Tais idéias produzem a covardia moral.
Quando os homens da ciência, apoiados na autoridade de seu saber, esforçam-se para provar aos que os ouvem ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não estarão levando a deduzir que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer-lhes, para desviá-los dessa conclusão?
Que compensação podem oferecer-lhes? Que esperança podem darlhes? Nenhuma outra coisa, que não seja o nada.
Se o único remédio heróico, preparado pela idéia materialista, se a única perspectiva é o nada, mais vale atirar-se de imediato a ele, do que deixar para mais tarde e, assim, sofrer menos tempo.
A propagação das idéias materialistas é, portanto, o veneno que incute o pensamento de suicídio em grande número dos que se suicidam. Aqueles, porém, que se fazem apóstolos dessa idéia assumem uma terrível responsabilidade.
Com o conhecimento do Espiritismo, não sendo mais admitida a dúvida sobre a vida futura, modifica-se a perspectiva da própria existência. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente, para além do túmulo, mas em outras condições. Esta certeza resulta na paciência e na resignação, que muito naturalmente o afastam do suicídio, por dar-lhe a coragem moral.

17. O Espiritismo ainda produz, sob esse aspecto, um outro resultado igualmente positivo e talvez mais determinante. Mostranos os próprios suicidas a informar-nos das situações infelizes a que se arrojaram com seu ato, provando que ninguém viola, impunemente, a lei de Deus, que proíbe o homem de encurtar a sua vida.
Entre os suicidas, alguns há cujos sofrimentos, embora temporários e não eternos, não são menos terríveis do que aqueles que experimentavam em sua última existência. E a natureza de tais sofrimentos é tamanha que dá o que pensar aos que queiram partir, antes do tempo ordenado por Deus.
O Espírita tem, portanto, para contrapor à idéia do suicídio, vários motivos, tais como: a certeza de uma vida futura na qual ele sabe que será mais feliz, quanto mais infeliz e mais resignado tenha sido sobre a Terra; a certeza de que, abreviando a sua atual existência, alcançará um resultado exatamente oposto ao que poderia esperar; que se libertará de um mal menor, para cair noutro mal pior ainda, mais longo e mais terrível; que se engana, pensando que ao matarse irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo a que ele se reúna no outro mundo com as pessoas a quem dedicou a sua afeição e as quais esperava encontrar; pelas conseqüências do suicídio, que lhe dá apenas decepções, contrariando a seus próprios interesses.
Considerável já é o número daqueles que têm sido, pelo Espiritismo, contidos de suicidar-se. Conclui-se daí que quando todos os homens forem espíritas, não haverá mais suicidas conscientes.
Comparando-se os resultados a que induzem a doutrina materialista e a Doutrina Espírita, somente do ponto de vista do suicídio, você verá que a lógica do materialismo conduz ao suicídio, enquanto que a lógica Espírita afasta o homem do suicídio, fato este que é confirmado pela experiência.
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