O HomEM De BeM

AssuNtOS

LivRO

Livro o Evangelho Segundo espiritismo - Espírita Digital

Evangelho SeguNdo o EsPiritismo

1864

PersonAgEm

PosTs ReLacionAdos

3. O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, do amor e da caridade na sua maior pureza. Se interroga a sua própria consciência sobre seus próprios atos, ele se pergunta se não violou essa lei, se não fez o mal, se fez todo o bem que podia, se deixou escapar por vontade própria alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se ele fez aos outros tudo o que queria que os outros fizessem por ele.

Ele tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Sabe que nada acontece sem a permissão Divina.
Submete-se em todas as coisas aos desígnios do Pai Celestial.
Ele tem fé na vida futura e, por isso, coloca os bens espirituais acima dos bens materiais passageiros.
Ele sabe que todas as dificuldades da vida, todas as dores, todas as desilusões, são provas e expiações. E a todas aceita sem queixar-se.
Esse homem, repleto do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar recompensas. Retribui o mal com o bem. Toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre os seus interesses ao que seja justo.
Ele encontra a sua satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, na felicidade que leva aos outros, nas lágrimas que enxuga, na consolação que dá aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros, antes de pensar em si. É de cuidar dos interesses dos outros antes de cuidar de seus próprios interesses. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de toda ação generosa.
Ele é bom, humano e benevolente para com todas as pessoas, sem distinção de raças e nem crenças, porque ele vê todos os homens como irmãos.
Ele respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança nenhuma condenação contra os que não pensam como ele.
Em todas as situações, a caridade é o que orienta as suas ações. Ele considera que todo aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a sensibilidade de alguém com o seu orgulho e seu desdém, que não desiste da idéia de causar um sofrimento ao próximo, uma contrariedade mesmo que pequena, quando poderia evitá-la, que esse alguém está faltando com o dever do amor ao próximo e não merece a clemência da Justiça Divina.

Ele não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança. A exemplo de Jesus, ele perdoa e esquece as ofensas. E apenas se lembra dos benefícios que lhe fazem, porque ele sabe que será perdoado assim como ele próprio tenha perdoado aos outros.
Ele é indulgente com as fraquezas dos outros, porque sabe que ele mesmo necessita de indulgência. E lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que estiver sem pecado, atire a primeira pedra”.
Ele não se alegra em procurar os defeitos dos outros e nem em colocá-los em evidência. Se a necessidade o obriga a conhecêlos, ele procura sempre o bem que pode atenuar o mal. Ele estuda as suas próprias imperfeições morais e trabalha sem cessar para combatê-las. Todo o seu empenho tende a que ele possa dizer, no dia seguinte, que traz alguma coisa de melhor, dentro de si, do que tinha na véspera.
Ele não procura dar valor à sua inteligência, nem a seus talentos, com sacrifício de outras pessoas. Aproveita, pelo contrário, todas as oportunidades de destacar as qualidades de seu próximo. Ele não se envaidece de sua tarefa, nem de seus predicados pessoais, porque sabe que tudo o que lhe foi dado poderá ser lhe retirado.
Ele usa, mas não abusa, dos bens que lhe são concedidos.
porque sabe que são um depósito de que deverá prestar contas. E sabe que o emprego mais prejudicial que lhes poderia dar, será o de utilizá-los para a satisfação de suas paixões.
Se a ordem social coloca homens sob a sua dependência, ele os trata com bondade e benevolência. É que sabe que todos são iguais aos olhos de Deus. Ele usa de sua autoridade para lhes levantar o ânimo e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo o que lhes possa tornar mais sofrida a posição de subalternos.
Ele, quando ocupa a posição de subordinado, por sua vez compreende os deveres de sua situação e se empenha em cumprilos conscientemente.
O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes deu a lei da Natureza, como desejaria que fossem respeitados os dele.
Não estão enumeradas, aqui, todas as qualidades que revelam o homem de bem. Mas, todos aqueles que se esforcem para adquirir aquelas que mencionamos, estarão no caminho que conduz a todas as outras.

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